Oriente Médio

Reino Unido e Alemanha não atacarão Estado Islâmico

Presidente americano Barack Obama autorizou início de operação no território sírio na última quarta-feira

Danilo Galindo
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Danilo Galindo
Publicado em 11/09/2014 às 13:48
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A Alemanha e Reino Unido descartaram nesta quinta-feira (11) participarem de ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico na Síria, um dia depois de o presidente norte-americano Barack Obama ter autorizado o início desse tipo de operação em território sírio. 

"Não nos foi solicitado e não faremos isso", declarou o ministro de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, aos jornalistas ao ser perguntado sobre a participação alemã nos ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico, tendo em vista o discurso de Obama. 

"Precisamos ser honestos com nós mesmos na atual situação. Ainda não temos uma estratégia final abrangente que garanta que teremos sucesso contra o Estado Islâmico e grupos semelhantes", disse o ministro alemão em Berlim. 

Seu homólogo britânico, Philip Hammond, descartou a realização de ataques aéreos na Síria depois de o Parlamento do país ter proibido esse tipo de medida no ano passado. 

O Estado Islâmico controla territórios na Síria e no Iraque. Em seu discurso na noite de quarta-feira, Obama também anunciou planos para expandir a campanha de ataques no Iraque. 

"Nós ouvimos cuidadosamente na noite passada o que o presidente dos Estados Unidos tinha a dizer. Nós apoiamos totalmente a abordagem norte-americana de desenvolver uma coalizão internacional e regional de suporte ao governo iraquiano", disse Hammond após conversar com seu colega alemão, acrescentando que o Reino Unido estuda agora como contribuir para a ação. 

Austrália e Japão ofereceram nesta quinta-feira apoio ao projeto de Obama para combater o grupo Estado Islâmico, enquanto a ChiNa não deixou claro se vai participar da coalizão, liderada pelos Estados Unidos. 

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, já havia declarado antes mesmo do discurso de Obama, que o grupo militante representa uma ameaça não apenas no âmbito internacional, mas no doméstico, já que pelo menos 60 australianos já se juntaram às fileiras insurgentes no Oriente Médio. 

A Austrália deve enviar até 24 aeronaves Super Hornet que participarão dos ataques aéreos contra posições de combatentes do Estado Islâmico, assim como conselheiros militares em terra para auxiliar o Exército iraquiano. 

O governo australiano se prepara para anunciar uma elevação no nível de alerta nos próximos dias. Nesta semana, dois homens foram detidos e acusados de ajudar a organizar a coleta de recursos e a viagem de cidadãos australianos para a Síria, para se juntarem aos insurgentes.

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