A União Europeia (UE) vai implementar um novo pacote de sanções contra a Rússia nesta sexta-feira (12), segundo diplomatas, numa decisão que encerra vários dias de um impasse sobre a adoção ou não de novas restrições a Moscou.
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A UE fechou um acordo sobre as sanções na última segunda-feira (8), mas adiou sua implementação na expectativa de que a Rússia se mobilizaria para diminuir as tensões no leste da Ucrânia.
Após longas discussões sobre o assunto, autoridades da UE decidiram aplicar as sanções, apesar de um acordo de cessar-fogo em vigor entre russos e ucranianos estar sendo aparentemente respeitado.
Segundo alguns dos diplomatas, porém, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, vai encaminhar mais tarde uma carta a líderes da UE ressaltando que o bloco está disposto a reverter as sanções rapidamente se a Rússia agir no sentido de chegar a uma solução política.
As novas sanções, que não mudaram em relação ao que foi anunciado no começo da semana, ampliam o número de empresas russas que não poderão levantar novos recursos nos mercados de capitais da UE, segundo documentos aos quais o The Wall Street Journal teve acesso.
Três estatais do setor petrolífero - Gazpromneft, Transneft e Rosneft - não poderão levantar capital novo com vencimento de mais de 30 dias. Além disso, empresas ligadas à produção militar - Oboronprom, United Aircraft Corp. e Uralvagonzavod - serão barradas dos mercados europeus.
O bloco também vai proibir viagens e congelar ativos de mais 24 indivíduos, incluindo pessoas ligadas a rebeldes separatistas no leste ucraniano e a autoridades e oligarcas russos. Além disso, empresas europeias não poderão fornecer serviços para projetos de exploração de petróleo e de gás de xisto na Rússia.