Ao menos 31 pessoas morreram numa série de ataques realizados no Iraque nesta sexta-feira (19), de acordo com autoridades. Este foi o segundo dia consecutivo de atentados que fizeram dezenas de vítimas fatais em regiões majoritariamente xiitas, supostamente cometidos pelo grupo radical Estado Islâmico.
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Na capital Bagdá, um carro estacionado cheio de explosivos foi detonado perto da mesquita al-Mubara, que fica no bairro de Karradah, majoritariamente xiita, matando nove pessoas e ferindo 18, informou a polícia. Mais tarde, carros foram detonados em dois mercados ao ar livre em bairros xiitas, um no subúrbio de Nahrawan e outro no distrito de Bayaa. Juntos, os ataques mataram nove pessoas e feriram 23.
Ao sul de Bagdá, outro carro-bomba explodiu na cidade de Mahmoudiyah, matando três e ferindo dez, de acordo com a polícia. O ataque mais violento aconteceu na cidade de Kirkuk, no norte do Iraque, onde a explosão de uma motocicleta próxima a uma loja de armamento deixou dez mortos e 14 feridos, segundo a polícia local. Autoridades médicas confirmaram as mortes.
A natureza coordenada e o estilo dos ataques sugerem fortemente que foram trabalho de extremistas do grupo Estado Islâmico, cujos integrantes consideram os xiitas hereges. Os militantes sunitas tomaram grandes extensões de terra no oeste e norte do Iraque, colocando o país na pior crise desde que as tropas norte-americanas deixaram o território iraquiano, em 2011.
Aviões norte-americanos têm realizado ataques aéreos contra o grupo no Iraque e forças de segurança curdas trabalham para retomar partes do território iraquiano. O Comando Central dos Estados Unidos disse na quinta-feira que o Exército realizou 176 ataques aéreos no Iraque desde 8 de agosto.
A França também afirmou que se juntou aos esforços do EUA para combater o Estado Islâmico e realizou o primeiro ataque aéreo nesta sexta-feira contra um depósito logístico sob controle dos extremistas.
O Estado Islâmico informou que estabeleceu uma força policial para garantir a lei e a ordem na cidade iraquiana de Mosul, norte do país, tomada pelos insurgentes sunitas em junho. "O Estado Islâmico retomou o sistema policial e indicou centenas de mujahedin para proteger muçulmanos e suas propriedades", disse o grupo em comunicado nesta sexta-feira.
A autenticidade do comunicado não pode ser comprovada, mas a mensagem foi postada num site geralmente usado pelo grupo. Fonte: Associated Press.