EUA

Assange afirma que NSA colocou "preço" sobre sua cabeça

Criador do WikiLeaks acha que a agência de segurança americana gostaria de capturá-lo e levá-lo para os Estados Unidos para mostrar poder

Da AFP
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Publicado em 20/09/2014 às 10:49
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Criador do WikiLeaks acha que a agência de segurança americana gostaria de capturá-lo e levá-lo para os Estados Unidos para mostrar poder - FOTO: Foto: AFP
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O fundador do portal WikiLeaks, o australiano Julian Assange, afirmou neste sábado (20) na embaixada do Equador em Londres, onde está asilado, que a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos estabeleceu um "preço" por sua cabeça.

"A NSA espiona a todos: inimigos e aliados. E eles praticamente colocaram um preço sobre a minha cabeça", disse Assange em uma videoconferência organizada pela Campus Party, um evento de tecnologia que acontece em Quito.

O australiano, que recebeu asilo diplomático do Equador há dois anos, participou de uma conferência da Campus Party sobre segurança na internet e espionagem.

Assange, criador do WikiLeaks, responsável pelo vazamento de milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana, afirmou que a "NSA tem um preço, uma recompensa" por sua captura.

"Eles (a NSA) gostariam de me capturar e levar para os Estados Unidos para demonstrar seu poder", disse.

O australiano é procurado pela justiça sueca para interrogatórios por supostos casos de estupro, nos quais não foi indiciado.

Ele nega as acusações e teme que após uma eventual extradição para a Suécia seja entregue aos Estados Unidos, onde responderia pela divulgação de de documentos secretos das Forças Armadas e do governo.

Assange está na embaixada equatoriana em Londres desde junho de 2012. Ele esgotou todos os recursos jurídicos para evitar a execução de uma ordem de prisão emitida pela Suécia.

Em julho, um tribunal de Estocolmo confirmou a ordem de prisão contra Assange, acabando com as esperanças de uma resolução de um processo judicial que já dura quatro anos.

O Equador ratificou o asilo diplomático a Assange, mas o Reino Unido se nega a conceder um salvo-conduto para que o australiano abandone o país.

 

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