Estado Islâmico

EI pede a morte de cidadãos de países da coalizão internacional antijihadista

Estados Unidos e França executam ataques aéreos contra o EI no Iraque, ao mesmo tempo que Washington tenta criar uma coalizão internacional contra o grupo

Da AFP
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Publicado em 22/09/2014 às 7:42
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O grupo Estado Islâmico (EI) fez um apelo a seus seguidores para que matem os cidadãos dos países que integram a coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos, em um comunicado divulgado na internet.

"Se vocês podem matar um incrédulo americano ou europeu - especialmente os maliciosos e sujos franceses - ou um australiano ou canadense, ou qualquer outro cidadão dos países que entraram em uma coalizão contra o Estado Islâmico, então confiem em Alá e matem por qualquer meio", afirma Abu Mohamed al-Adnani, porta-voz do EI, na mensagem divulgada em vários idiomas.

"Matem o incrédulo, seja civil ou militar", completou.

Estados Unidos e França executam ataques aéreos contra o EI no Iraque, ao mesmo tempo que Washington tenta criar uma coalizão internacional contra o grupo, considerado uma crescente ameaça mundial.

Os jihadistas, que declararam um "califado" entre o Iraque e a Síria, controlam amplas áreas de território nos dois países.

O grupo é considerado o mais violento e poderoso da jihad moderna. Executou centenas de iraquianos e sírios, assim como reféns estrangeiros, e sua brutal ofensiva forçou a fuga de mais de um milhão de pessoas.

A mensagem de Adnani - divulgada em um áudio em árabe, mas com traduções para o inglês, francês e hebraico - dá instruções sobre como executar os assassinatos sem equipamento militar.

"Esmague a cabeça com uma pedra ou apunhale com uma faca, ou atropele com seu carro, ou jogue de um local alto, ou estrangule ou envenene", disse o porta-voz.

Adnani também faz um apelo aos militantes da península do Sinai no Egito, com o pedido para que "cortem as gargantas" daqueles que lutam a favor do presidente Abdel Fatah al-Sisi.

"Oh Estados Unidos, oh aliados dos Estados Unidos, oh cruzados, saibam que a questão é mais perigosa do que imaginaram e maior do que conceberam", afirmou.

"Nós advertimos que hoje estamos em uma nova era, uma era na qual o Estado (Islâmico), seus soldados e seus filhos são líderes e não escravos", completou Adnani.

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