Oriente Médio

Rouhani: ataques contra extremistas na Síria são ilegais

Presidente do Irã disse que ação militar só poderia ser justificada se autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU

Danilo Galindo
Cadastrado por
Danilo Galindo
Publicado em 23/09/2014 às 13:16
Foto: BULENT KILIC / AFP
Presidente do Irã disse que ação militar só poderia ser justificada se autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU - FOTO: Foto: BULENT KILIC / AFP
Leitura:

Os ataques aéreos realizados pelos Estados Unidos e seus aliados contra o Estado Islâmico na Síria são ilegais e constituem um ataque ao país, declarou nesta terça-feira o presidente do Irã, Hassan Rouhani.

Segundo ele, a ação militar só poderia ser justificada se autorizada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) ou se as ações fossem conduzidas com o consentimento do governo sírio. 

"Esses bombardeios não têm qualquer posição legal, então podemos interpretá-los como um ataque", disse ele aos jornalistas à margem da Assembleia Geral da ONU, que cuja abertura oficial acontece na quarta-feira. 

Rouhani afirmou que a política norte-americana é confusa porque, simultaneamente, se opõe aos militantes enquanto tenta prejudicar o governo do presidente sírio Bashar Assad. "Na melhor das hipóteses, isto é claramente nebuloso e ambíguo", disse ele. "Este é um comportamento e uma política muito confusos." 

O presidente iraniano condenou o Estado Islâmico e descreveu os integrantes do grupo como "bárbaros", mas afirmou que o Irã deveria liderar qualquer coalizão na luta contra os militantes, que tomaram o controle de grandes extensões de terra na Síria e no Iraque. 

Rouhani pareceu ansioso para expressar a prontidão do Irã em combater o grupo militante, mas sinalizou que não deseja trabalhar com o governo norte-americano nesta tarefa. "Não há cooperação entre Irã e Estados Unidos, mas nós somos extremamente sérios a respeito do combate ao extremismo."

O Irã é um antigo aliado do presidente sírio Bashar Assad e Rouhani lembrou que seu país tem lutado contra extremistas do Estado Islâmico na região, ao lado de forças sírias.

Últimas notícias