A Fundação Lech Walesa concedeu nesta quinta-feira (25) o prêmio anual ao Euromaidan, o movimento de protesto na Ucrânia, que provocou a destituição do governo pró-Moscou no início do ano.
O símbolo da luta contra o comunismo polonês Lech Walesa, um histórico membro do sindicato polonês Solidariedade, afirmou que sua fundação normalmente reconhece indivíduos, mas que este ano decidiu premiar "o movimento que deu esperanças ao povo da Ucrânia".
O prêmio, de 100.000 euros (127.000 dólares), será entregue em 29 de setembro em Gdansk (norte da Polônia) aos líderes do movimento, entre eles o boxeador Vitali Klitschko, atualmente prefeito de Kiev, e a médica Olga Bogomolets, agora conselheira do presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
Euromaidan foi o nome dado aos protestos na Praça da Independência (conhecida como "Maidan") de Kiev, que exigia uma aproximação da União Europeia (UE) depois que o então presidente, Viktor Yanukovytch, se recusou a assinar no fim de novembro um Acordo de Associação com o bloco europeu.
O acordo foi assinado mais tarde pelo novo governo ucraniano do presidente Petro Poroshenko.
Lech Walesa, Prêmio Nobel da Paz de 1983, de 70 anos, liderou o movimento polonês a favor da democracia e, como líder do sindicato Solidariedade, negociou um fim pacífico do comunismo em seu país em 1989.