A primeira das estudantes nigerianas libertadas por seus sequestradores do Boko Haram passou uma noite torturante, debatendo-se e gritando "eles vão me matar! Eles vão me matar!", contou o reverendo Enoch Mark, que ficou acordado ao lado da jovem traumatizada durante toda a noite. Ela parece ser a filha de um carpinteiro do Chade que se mudou da cidade de Chibok, onde as garotas foram sequestradas, há muitos anos.
Leia Também
Ela foi a primeira das 219 meninas mantidas reféns por mais de cinco meses a ser liberada e encontrar o caminho de casa. Cerca de 276 estudantes mulheres foram capturadas pelo grupo de militantes nigeriano Boko Haram de uma escola secundária de Chibok no dia 15 de abril. Entre elas, 57 conseguiram escapar dois dias depois do sequestro.
Centenas de meninas, mulheres e garotos foram sequestrados pelos combatentes do Boko Haram no ano passado, e a captura das "garotas de Chibok" recebeu atenção internacional e levou a uma campanha internacional para que elas fossem liberadas.
Esta primeira aparição de uma das garotas reféns poderia inspirar a esperança das famílias, disse Enoch Mark, o pastor da Igreja dos Irmãos que se manteve com a jovem na noite da quinta-feira. Alguns duvidam da identidade da menina, que se identificou como sendo Susannah Ishaya, porque ela não fala o dialeto local.
O vice-diretor da escola onde ocorreu o sequestro está tentando fazer com que um hospital militar do norte da Nigéria identifique a estudante. Esforços para encontrar o carpinteiro que seria seu pai se provaram inúteis até agora.
Ela contou ter sido deixada em um arbusto no dia 19 de setembro e que andou desorientada por quatro dias até que encontrou uma vila para onde foi levada, disse Mark. Segundo a garota, outras reféns foram deixadas em arbustos quando seus sequestradores consideraram que elas estavam doentes mais. Nenhuma outra encontrou o caminho de casa ainda. Fonte: Associated Press.