Síria

Novos bombardeios da coalizão contra refinarias do EI na Síria

Ao mesmo tempo, as aviações americana e francesa prosseguiram com a pressão no Iraque, com ataques aéreos contra as posições deste grupo extremista sunita

Da AFP
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Publicado em 26/09/2014 às 10:13
Foto: Jalaa Marey/AFP
Ao mesmo tempo, as aviações americana e francesa prosseguiram com a pressão no Iraque, com ataques aéreos contra as posições deste grupo extremista sunita - FOTO: Foto: Jalaa Marey/AFP
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Os aviões de combate dos Estados Unidos e de seus aliados árabes bombardearam nesta sexta-feira pelo terceiro dia consecutivo as refinarias controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, ofensiva à qual o Reino Unido pode se unir, mas apenas no Iraque.

Ao mesmo tempo, as aviações americana e francesa prosseguiram com a pressão no Iraque, com ataques aéreos na quinta-feira contra as posições deste grupo extremista sunita.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Estados Unidos, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EUA) lançaram na noite de quinta-feira e na manhã desta sexta-feira ataques contra as instalações petrolíferas controladas pelo EI na província de Deir Ezzor (leste), perto da fronteira com o Iraque.

Os bombardeios desta sexta-feira atacaram um centro de comando do EI nos arredores da cidade de Al-Mayadin, na mesma província, assim como as instalações petrolíferas e outra base dos jihadistas na província de Hasaka (nordeste), disse esta ONG, que conta com uma ampla rede de informantes e militantes.

O objetivo dos ataques contra as refinarias é cortar uma das principais fontes de renda dos jihadistas que, segundo os especialistas, podem estar obtendo de 1 a 3 milhões de euros por dia com a venda de petróleo contrabandeado a intermediários de países vizinhos.

Os ataques da coalizão na Síria mataram desde terça-feira 141 jihadistas, dos quais 129 estrangeiros, segundo o OSDH.

Entre os estrangeiros, 84 estavam afiliados ao EI.

Após o apelo do presidente americano, Barack Obama, ao mundo para se somar à luta contra esta rede da morte, o Parlamento britânico debate nesta sexta-feira dar autorização à participação do Reino Unido na ofensiva aérea no Iraque.

"É uma missão que vai durar não apenas meses, e sim anos, mas acredito que temos que estar preparados para este compromisso", disse Cameron aos deputados.

"O EI deve ser erradicado", declarou Bethany Haines, filha do refém britânico David Haines, sequestrado na Síria e decapitado pelo EI.

A execução de Haines ocorreu depois da decapitação de dois jornalistas americanos também sequestrados na Síria.

Carrasco identificado

A polícia federal americana (FBI) anunciou ter identificado o carrasco destes três homens, que falava com sotaque britânico nos vídeos das execuções divulgados, mas o FBI não revelou sua identidade.

Após as execuções, que comoveram o mundo, Obama anunciou no dia 10 de setembro uma estratégia para destruir o EI no âmbito de uma ampla coalizão internacional.

O grupo jihadista Jund al-Khilafa (Soldados do Califado), vinculado ao EI, divulgou na quarta-feira um vídeo no qual também decapitava o refém francês Hervé Gourdel na Argélia, em represália pelos bombardeios franceses no Iraque.

Vários países europeus anunciaram um maior envolvimento na ofensiva contra os jihadistas. Holanda e Bélgica colocaram a disposição da coalizão aviões de combate F-16, enquanto Austrália e Grécia anunciaram a entrega de material militar aos combatentes curdos no Iraque.

Segundo os serviços secretos americanos, mais de 15.000 combatentes de mais de 80 países diferentes se uniram às fileiras dos grupos jihadistas no Iraque e na Síria.

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