Os Estados Unidos estão prontos a atrair investimentos na Ucrânia, mas o país deve, primeiramente, realizar reformas econômicas difíceis, declarou neste sábado em Kiev a secretária americana de Comércio, fazendo um paralelo com o Plano Marshall.
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"A Ucrânia está enfrentando desafios econômicos significativos", disse Penny Pritzker à imprensa, depois de se reunir com o presidente ucraniano Petro Poroshenko, que anunciou na quinta-feira uma série de reformas econômicas e sociais para modernizar seu país em vista de um pedido de adesão à União Europeia em 2020.
"Essas medidas serão difíceis, mas elas podem mudar o destino do país", ressaltou Pritzker, citando uma economia ucraniana marcada pela burocracia, a corrupção e a ineficiência herdadas da era soviética.
Pritzker, que é de origem ucraniana, falou sobre a ajuda americana no âmbito do Plano Marshall após a Segunda Guerra Mundial.
O Plano Marshall "previa a adoção de um grande número de reformas para abrir a economia ao investimento estrangeiro e isso é precisamente o objeto de nossas discussões", disse.
Apesar de elogiar a liderança ucraniana por sua "visão ambiciosa", ela considerou que "medidas concretas" eram necessárias "imediatamente".
Após as reformas, Washington ajudará a "trazer o setor privado dos Estados Unidos para este mercado", prometeu.
O primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk reconheceu recentemente que o seu governo tinha feito pouco progresso na luta contra a corrupção, mas culpou a disputa com Moscou e o conflito com os separatistas pró-russos no leste do país.