O presidente norte-americano Barack Obama disse que as autoridades de inteligência dos Estados Unidos "subestimaram o que vem ocorrendo na Síria" e que os vários anos de caos político no país criaram um ambiente para que o Estado Islâmico (EI) prosperasse, tanto na Síria quanto no Iraque.
"Isto tornou-se um marco zero para os jihadistas de todo mundo", disse em entrevista ao programa "60 Minutes" do canal de televisão CBS. Para Obama, o EI foi capaz de atrair ex-membros das forças armadas do antigo governo do ditador iraquiano Saddam Hussein, o que trouxe uma estratégia militar mais sofisticada para o grupo. Isso "deu a eles alguma capacidade militar tradicional e não apenas uma capacidade terroristas", afirmou o presidente.
Obama disse que os EUA e seus parceiros internacionais, principalmente no Oriente Médio, precisam "chegar a soluções políticas no Iraque e na Síria". Mas, segundo ele, o plano de curto prazo é desestabilizar o Estado Islâmico, indo atrás de seu comando e eliminando o fluxo internacional de combatentes.
Também em entrevista à CBS, o vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Tony Blinken, declarou que os militares dos EUA continuarão os ataques áreas contra o EI, mas descartou o envio de tropas terrestres para os conflitos.