O Irã rejeitou nesta terça-feira (30) as "acusações infundadas" do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu que advertiu que, se o Irã tiver armas atômicas, isso será "pior ameaça" que o Estado Islâmico (EI).
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Vencer o EI e deixar que o Irã tenha a capacidade de obter a bomba atômica "seria como ganhar uma batalha e perder a guerra", afirmou Netanyahu na segunda-feira em discurso na Assembleia-Geral da ONU. "Seria a pior ameaça para todos nós", acrescentou.
Ele também considerou que o EI e o movimento palestino Hamas, apoiado pelo Irã e que controla a Faixa de Gaza, eram "galhos de uma mesma árvore envenenada".
"As declarações do primeiro-ministro do regime israelense contém acusações infundadas contra (o Irã) e seu principal objetivo é justificar os crimes que este regime cometeu recentemente contra civis palestinos", declarou o vice-embaixador do Irã na ONU, Khodadad, citado pela agência Fars.
A guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, em julho e agosto, matou mais de 2.100 palestinos, em sua grande maioria civis, enquanto 70 israelenses morreram, incluindo 66 soldados.
O Irã, que não reconhece a existência de Israel, forneceu aos combatentes palestinos do Hamas e da Jihad Islâmica a tecnologia necessária para a produção de mísseis utilizados para atingir cidades israelenses a partir do enclave palestino.
Seifi também considerou que essas declarações fazem parte da campanha israelense para sabotar as negociações nucleares entre o Irã e as grandes potências, de acordo com a Fars.
As últimas negociações entre o Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) foram concluídas em Nova York sem muitos progressos.
Os negociadores concordaram em tentar chegar a um acordo que garanta a natureza pacífica do programa nuclear do Irã em troca de um levantamento das sanções internacionais contra Teerã até 24 de novembro.
As grandes potências e Israel suspeitam que Teerã tenta desenvolver armas atômicas sob a cobertura de seu programa de enriquecimento de urânio, o que o Irã sempre alegou ser para fins civis.
Israel se considera um possível alvo, caso o Irã obtenha armas atômicas.