Um liberiano infectado com ebola que levou a doença aos EUA, Thomas Eric Duncan, será processado quando retornar ao país por mentir no questionário de monitoramento no aeroporto, informaram autoridades da Libéria nesta quinta-feira (2).
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"Ele será processado" quando retornar à Libéria, afirmou Binyah Kesselly, presidente do conselho de diretores da Autoridade do Aeroporto da Libéria. Segundo ele, pessoas como Duncan e Patrick Sawyer, um liberiano com ebola que viajou para a Nigéria e infectou pessoas, trouxeram um "estigma" para liberianos que moram fora do país.
Com a epidemia de ebola que atinge a África Ocidental, passageiros que deixam a Libéria estão sendo testados para detectar se têm febre e questionados se tiveram contato com qualquer pessoa infectada.
No formulário obtido pela agência de notícias Associated Press e confirmado por um oficial do governo, Duncan respondeu "não" para perguntas sobre ter cuidado de algum paciente de ebola ou tocado o corpo de alguém que morrem em uma área infectada pelo vírus. Dias antes de deixar a Libéria, Duncan ajudou a carregar para um táxi uma mulher grávida que depois morreu de ebola, de acordo com vizinhos. No momento acreditava-se que sua doença era relacionada à gravidez. Não está claro se Duncan sabia do diagnóstico da mulher quando viajou para os EUA.
De acordo com autoridades, ele não apresentou sinais da doença quando embarco no avião e, portanto, não estava no estágio contagioso. Duncan viajou para os EUA em 19 de setembro para visitar a família e ficou doente poucos dias depois de chegar. Ele está atualmente em uma área isolada em um hospital em Dallas no Texas. Seu estado de saúde foi considerado grave, mas estável.