Milhares de muçulmanos estão chegando nesta quinta-feira (2) a Mina, perto de Meca, no primeiro dia do hajj, o maior encontro anual muçulmano do mundo que, segundo as autoridades locais, ocorre sem problemas.
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O hajj, cujos rituais decorrem até a próxima semana, conta este ano com medidas mais rígidas de segurança para proteger os peregrinos de dois vírus, o ébola e o mers, que já deixaram mais de 300 mortos na Arábia Saudita.
A peregrinação a Meca, ritual que os muçulmanos consideram obrigatório pelo menos uma vez na vida, ocorre este ano no contexto do conflito no Oriente Médio, criado pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico.
De acordo com as autoridades sauditas, cerca de 1,4 milhão de muçulmanos já chegaram a Meca, procedentes de outros países, para a peregrinação. A eles vão se juntar milhares do próprio reino árabe.
Até agora, não foram registrados incidentes de peso entre os peregrinos e nenhum caso de infecção quer pelo vírus ébola, quer pelo mers, disse o ministro saudita da Saúde, Adel Fakih, citado pela agência de notícias local Spa.
A Arábia Saudita mobilizou 85 mil agentes da polícia para acompanhar a peregrinação e proibiu a entrada no país de habitantes da Guiné, da Libéria e de Serra Leoa, os três países mais afetados epidemia, que já matou mais de 3 mil pessoas este ano na África Ocidental.
No entanto, a Nigéria, onde foram contabilizados oito mortos pelo ebola, foi autorizada a enviar peregrinos.
Na sexta-feira (3), os peregrinos seguirão pelo Monte Arafat e arredores, situado a 10 quilômetros de Mina, onde se dedicarão a orações. No sábado, é celebrado o Eid Al Adha (conhecido por Festa do Sacríficio), em que é imolado um animal em memória de Abraão.