A luta contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) será difícil e pode durar 30 anos em consequência das decisões tomadas pelos presidente Barack Obama, afirmou o ex-chefe do Pentágono Leon Panetta.
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"Eu penso que nós falamos de um tipo de guerra que poderia durar 30 anos e poderia apresentar ameaças à Líbia, Nigéria, Somália e Iêmen", disse o ex-secretário de Defesa (2011-2013) em uma entrevista ao jornal USA Today.
O também ex-chefe da CIA, cargo ocupado durante o governo Obama, criticou as decisões do presidente nos últimos três anos.
Entre as medidas, Panetta menciona que Obama fracassou ao não pressionar de maneira suficiente o governo iraquiano para que autorizasse a permanência de um contingente de soldados americanos no país após a retirada das tropas em 2011, o que segundo ele criou um "vácuo" de segurança.
Ele também criticou a recusa de 2012 de Obama a seguir seus conselhos e da ex-secretária de Estado Hillary Clinton para começar a armar os rebeldes sírios contra o presidente Bashar al-Assad.
"Realmente acredito que estaríamos melhor posicionados para saber se existem ou não elementos moderados nas forças rebeldes que lutam contra Assad", declarou Panetta ao USA Today.
Para o ex-chefe do serviço de inteligência, cujo livro "Worthy Fights" já havia provocado a revolta da Casa Branca e do Departamento de Estado, Obama tem agora a possibilidade de "reparar o dano" ao demonstrar uma liderança contra os jihadistas do EI no Iraque e na Síria.