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Otan está pronta para defender Polônia e Turquia

"Estamos chocados com as terríveis atrocidades que são cometidas pelo Estado Islâmico", disse o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg

Karol Albuquerque
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Karol Albuquerque
Publicado em 06/10/2014 às 18:25
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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está pronta para defender a integridade e as fronteiras de todos os seus membros no flanco leste e vai ficar de prontidão se a violência na Síria atingir a Turquia, afirmou nesta segunda-feira (6) o novo secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg. 

"Os turcos sabem que a Otan estará lá se houver qualquer reflexo e ataques contra a Turquia como consequência da violência que vimos na Síria", disse ele. 

O novo secretário-geral da aliança militar, que assumiu o cargo no início deste mês, saudou os ataques dos Estados Unidos e seus aliados contra o grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque. 

"Estamos chocados com as terríveis atrocidades que são cometidas pelo Estado Islâmico", disse ele. 

Falando após reunião com ministros poloneses da Defesa e de Relações Exteriores, Stoltenberg disse que a Otan enfrenta ameaças em suas fronteiras sul e leste, onde a Ucrânia combate separatistas que, segundo a aliança e o Ocidente, são apoiados pela Rússia. 

Mas o novo secretário-geral recusou-se a dizer se o Estado Islâmico ou a Rússia são as maiores ameaças para a Otan. "Eu acho que temos de entender que a Otan, como aliança, enfrenta desafios diferentes e a natureza desses desafios que enfrentamos no leste e no sul são diferentes."

A Otan vai intensificar sua prontidão e a presença militar no flanco leste, como ficou acertado em reunião recente no País de Gales, disse Stoltenberg. A Polônia e os países Bálticos no nordeste da aliança ficaram alarmados pela anexação da Crimeia pela Rússia em março. Autoridades insistem que mais tropas aliadas são necessárias em solo para conter qualquer possível avanço da Rússia na região. 

Stoltenberg disse estar também preocupado com as "muitas violações" do cessar-fogo no leste da Ucrânia. Para ele, a responsabilidade pelas violações do cessar-fogo é dos rebeldes pró-Rússia. Ele disse querer "elogiar o governo na Ucrânia por fazer muito, tanto pelo respeito ao cessar-fogo quanto pela contribuição para uma solução política". 

"É importante que a Rússia use toda a sua influência para garantir que o cessar-fogo seja algo respeitado pelos separatistas", disse Stoltenberg em Varsóvia, após reuniões com o presidente, o primeiro-ministro e outras autoridades polonesas. "O cessar-fogo é importante. É uma razão para preocupação haver tantas violações a ele. 

Ao destacar que a Otan está pronta para proteger e defender cada um de seus aliados, ele teve como objetivo também acalmar os temores poloneses. Desde o início do conflito na Ucrânia, líderes da Polônia pediram repetidas vezes que a Otan faça mais para proteger seu país.

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