Epidemia

Comitê de orçamento da ONU aprova US$ 49,9 milhões para ebola

Estima-se que mais de 6.500 pessoas foram infectadas e mais de 3.300 morreram desde que o surto da doença foi confirmado em março

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 07/10/2014 às 22:50
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Estima-se que mais de 6.500 pessoas foram infectadas e mais de 3.300 morreram desde que o surto da doença foi confirmado em março - FOTO: Foto: AFP
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O comitê da Organização das Nações Unidas responsável por questões orçamentárias aprovou uma resolução nesta terça-feira (7) para alocar US$ 49,9 milhões até o final do ano na Missão de Resposta Emergencial ao ebola (UNMEER, na sigla em inglês) e para o escritório de enviados especiais.

O presidente da Assembleia Geral, Sam Kutesa, afirmou na segunda reunião formal do comitê em Nova York, nesta terça-feira, que a resolução envia "uma mensagem forte da habilidade de responder efetivamente e rapidamente a questões globais críticas". Na primeira reunião, na sexta-feira (3), a chefe do gabinete da Secretaria Geral da ONU, Susana Malcorra, propôs o valor de US$ 49,9 milhões. A medida ainda tem de ser aprovada pela Assembleia Geral.

"O estabelecimento da UNMEER é o primeiro passo nos esforços globais de controlar o surto, que devem ser fortalecidos por uma grande variedade de ações e medidas em todos os níveis", afirmou Kutesa, em referência a mobilização de recursos financeiros, médicos e de assistência humanitária.

Estima-se que mais de 6.500 pessoas foram infectadas e mais de 3.300 morreram desde que o surto da doença foi confirmado em março. Além dos recursos da UNMEER, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários declarou que são necessários US$ 988 milhões para responder à situação. Até o momento, apenas US$ 257 milhões, o equivalente a 26% deste valor foi arrecadado.

O Programa de Desenvolvimento da ONU (PNUD) alertou que a crise de saúde causada pelo ebola não deve se tornar uma crise socioeconômica também. A estimativa é que o produto interno bruto (PIB) dos três países mais atingidos pelo vírus, Guiné, Libéria e Serra Leoa, encolha de dois a três pontos porcentuais, de acordo com o PNUD. "Agora é hora de garantir que esses países também possam voltar rapidamente a funcionar sozinhos", afirmou Magdy Martínez-Solimán, diretor do departamento de política e programa de apoio do PNUD.

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