O corpo de um dos passageiros do voo MH17 que caiu na Ucrânia, em julho, foi encontrado usando uma máscara de oxigênio, afirmou o ministro das Relações Exteriores holandês, Frans Timmermans, provocando comoção entre os familiares das vítimas.
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O ministro assegurou, em um programa de tv transmitido na quarta-feira à noite, que o passageiro teve tempo de colocar a máscara e que, por isso, as centenas de vítimas do voo talvez tenham se dado conta de que o avião estava caindo.
Em uma carta dirigida nesta quinta-feira aos familiares das vítimas, horrorizadas pelas declarações do ministro, a promotoria confirmou que uma máscara de oxigênio estava mesmo pendura no pescoço de um passageiro australiano.
A máscara foi examinada pelos investigadores, em busca de possíveis restos de DNA, mas os exames não deram resultados.
"Não se sabe como e por que a máscara estava no pescoço do passageiros. Nenhum outro passageiro usava máscara", afirmou uma fonte ligada à investigação.
A informação não foi publicada antes porque a investigação sobre a máscara e seu significado continua sendo realizada e, segundo a promotoria, ainda não se pode chegar a qualquer conclusão.
Timmermans, futuro comissário europeu, lamentou em um comunicado que as famílias tenham se inteirado desse detalhe através dos noticiários.
O voo MH17 da Malaysia Airlines caiu em 17 de julho no leste da Ucrânia, uma região onde os combates entre as forças leais ao governo ucraniano e os separatistas pró-russos estavam em andamento. Kiev e os rebeldes se acusam mutuamente de ter derrubado o avião.
Segundo o primeiro relatório da agência holandesa de segurança, encarregada da investigação, o avião explodiu em voo depois de ter sido alcançado por inúmeros projéteis a grande velocidade.