A embaixadora argentina no Reino Unido, Alicia Castro, acusou nesta segunda-feira o apresentador britânico Jeremy Clarkson de exagerar o incidente que provocou sua saída da Argentina.
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"Clarkson fabrica uma história exagerada", afirmou Castro ao jornal The Independent, "comemos muita carne, mas nunca comemos um jornalista".
O apresentador do programa sobre automóveis Top Gear, um dos mais populares da BBC, denunciou que foi atacado por uma multidão enfurecida na Patagônia, no sul da Argentina, por usar um carro com uma placa alusiva à guerra das Malvinas, e que precisou interromper a filmagem e fugir do país com sua equipe.
Clarkson circulava pela Argentina com um Porsche com o número "H982FLK", visto na Argentina como uma alusão ao ano, 1982, e ao nome inglês das ilhas, Falklands.
"Quando as pessoas se reuniram espontaneamente para repudiar a conduta de Clarkson, as autoridades locais imediatamente intercederam para garantir a segurança de todos os membros da equipe britânica, garantindo a eles um meio de transporte, vagas em um voo a Buenos Aires e um tratamento especial para viajar ao Chile".
A embaixadora lembra que Clarkson teve incidentes no México, Índia e Coreia do Sul, e termina com uma crítica: "O conflito no Atlântico Sul - e especialmente a memória dos que perderam a vida dos dois lados - merece ser tratado com compreensão e respeito, não com provocações maliciosas".