Cerca de 20 pessoas foram presas nesta segunda-feira (13) durante um grande protesto na cidade de Ferguson, no estado americano de Missouri. As manifestações acontecem desde que o jovem negro Michael Brown, de 18 anos, foi baleado e morto por um policial branco, em 9 de agosto.
Membros da igreja lideraram uma marcha com centenas de manifestantes, usando um megafone para ler os nomes das pessoas mortas por policias nos EUA. Foi o terceiro dia seguido de protestos no subúrbio de St. Louis. As tenções aumentaram na última semana quando um policial branco atirou e matou o jovem de 18 anos Vonderrit Myers Jr. A polícia alega que Vonderrit atirou antes.
O porta-voz da polícia de St. Louis, Shawn McGuire, afirmou que cerca de 13 pessoas foram presas sob acusação de perturbar a paz. Outras seis foram detidas posteriormente por se recusarem a dispersar após o bloqueio de uma rua.
Entre os presos por perturbar a paz, estava o ativista de direitos humanos Cornel West. Ex-professor da Universidade de Princeton, ele participou dos protestos no fim de semana, além de realizar discursos e oficinas para chamar atenção sobre o tratamento policial em relação a minorias.
Os protestos mais recentes na cidade começaram na tarde de sexta-feira com uma marcha no lado de fora do escritório da promotoria de St. Louis. Os manifestantes pediram novamente que o promotor Bob McCulloch apresente queixas sobre Darren Wilson, o policial que atirou em Brown. Um júri está analisando o caso e o Departamento de Justiça americano está conduzindo uma investigação de direitos humanos.