Autoridades militares da Ucrânia afirmaram nesta segunda-feira (13) que há um número menor de soldados russos no leste do país, foco da luta entre tropas do governo e rebeldes separatistas.
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Militares russos que estavam em acampamentos na Ucrânia estão retornando a suas bases de origem no país vizinho, informou Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho Nacional de Defesa e Segurança da Ucrânia. Lysenko caracterizou a retirada das tropas como um processo positivo, mas disse que combatentes mercenários continuam a entrar no país pelo sul da Rússia, onde alguns dos postos de fronteira são controlados por separatistas.
Moscou nega manter tropas na Ucrânia e diz que não apoia as forças separatistas nas regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk, que têm o russo como seu principal idioma.
A declaração de Lysenko ocorre após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar que 17.600 soldados deixem Rostov, cidade próxima à fronteira com a Ucrânia, e retornem às suas bases permanentes. A retirada pode significar um ato de boa vontade de Putin antes da sua viagem a Milão, onde irá se encontrar com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e líderes da União Europeia. A decisão também pode aumentar as chances das sanções ao país, impostas pelos Estados Unidos e países europeus, serem revogadas.
A Ucrânia, por sua vez, está trocando o seu comando militar. O presidente Poroshenko aceitou a renúncia do ministro da Defesa, Valeriy Heletey, e o Parlamento deve aprovar na terça-feira o seu substituto. A proposta é que este seja o chefe da guarda-nacional, Stepan Poltorak, que tem é criticado por sua atuação em operações militares no leste do país.
Nesta região da Ucrânia, os rebeldes conseguiram reverter avanços do governo, causando numerosas baixas nas tropas ucranianas, principalmente no mês de agosto.