Epidemia

Alemanha e Japão intensificam combate ao ebola na África

Estudiosos da doença no país criticam a letargia do governo em auxiliar as vítimas africanas

Adriana Oliveira
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Adriana Oliveira
Publicado em 16/10/2014 às 15:35
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Alemanha e Japão estão tomando medidas para intensificar o combate ao ebola na África. Os chefes de Estado dos dois governos participaram de uma videoconferência sobre a epidemia com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outros líderes mundiais nesta quarta-feira.

Em resposta às críticas de que não tem agido de modo rápido para ajudar os países do oeste africano, o governo alemão anunciou nesta quinta-feira que irá aumentar o financiamento à luta contra a doença a US$ 130,9 milhões. O valor divulgado pela Alemanha até então era de US$ 21,8 milhões. A quantia é muito inferior aos US$ 750 milhões prometidos pelos EUA e os US$ 40 milhões doados pelo Japão.

Estudiosos da doença no país criticam a letargia do governo em auxiliar as vítimas africanas. "O que países como Cuba têm feito é muito mais do que a Alemanha, que não entregou nenhum dos hospitais prometidos, (fez)", afirma Jonas Schmidt-Chanasit, especialista do Instituto Bernhard-Nocht de Doenças Tropicais, em Hamburgo. 

A Alemanha também prometeu participar de uma operação internacional para levar cem toneladas de bens por semana à região afetada. Mas, desde o início de outubro, a Força Aérea transportou apenas cinco toneladas de ajuda médica à Libéria e outras cinco à Serra Leoa. 

O Japão, por sua vez, aumentou sua doação de emergência à Organização Mundial de Saúde (OMS) e prometeu enviar 24 médicos e 13 ambulâncias usadas para tratar dos doentes na África.

O setor privado no país também tem somado esforços contra a doença. A Fujifilm Holdings está provendo um medicamento contra o vírus influenza, criado pela sua subsidiária Toyama Chemical Co. A droga já foi usada para tratar pacientes do ebola na França, Alemanha, Espanha e Noruega, e a companhia está negociando com a França e a Guiné para realizar testes. Apesar de estar sendo empregada no combate ao ebola, não há estudos que comprovem a eficácia do medicamento contra o vírus.

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