O Iraque impôs um toque de recolher em Ramadi, no oeste do país, com receio de que o grupo Estado Islâmico tente avançar na cidade, que lhe é de importância estratégica. A medida foi implementada à 0h, como parte de esforços para limitar a entrada e saída de pessoas na cidade, enquanto tropas do governo se preparam para eliminar grupos de resistência.
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Ramadi é a capital da província de Anbar, de maioria sunita, e está localizada a 115 quilômetros de Bagdá. Nas últimas semanas, o Estado Islâmico tem conquistado posições em Ramadi contra os militares iraquianos, apesar dos bombardeios realizados pela coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Os extremistas, com o apoio de militantes sunitas, já tomaram a cidade de Fallujah, partes de Ramadi e grandes porções rurais de Anbar em 2014.
O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi se encontrou nesta sexta-feira com uma delegação de Anbar e pediu que as tribos locais ajudem as forças de segurança do país a combater os militantes do Estado Islâmico. O governo considera que ganhar o apoio de tribos sunitas é parte essencial da solução para o conflito.
A cidade de Ramadi ainda não caiu nas mãos dos extremistas em parte porque tribos sunitas não permitiram. Os Jughaifi e os al-Bunimer ajudaram as tropas do Iraque a proteger a represa de Haditha e, ao norte de Bagdá, os al-Jabbouri têm sido a única resistência contra os militantes.
No seu sermão desta sexta-feira, o clérigo mais reverenciado dos xiitas iraquianos, o aiatolá Ali al-Sistani disse que tribos iraquianas têm sido fundamental para proteger o país e seu povo. "Estamos confiantes de que as forças armadas do Iraque, os voluntários e membros de tribos do oeste que são leais ao seu país são capazes de repelir os ataques de Daesh e proteger seus cidadãos", declarou, utilizando um acrônimo em árabe para se referir ao Estado Islâmico.