A Rússia e a Ucrânia não chegaram a acordo para solucionar a crise do gás. Entretanto, conforme informou nesta terça-feira (21) a Comissão Europeia, concordaram com uma nova reunião no dia 29 de outubro, em Bruxelas.
“Hoje alcançamos uma posição que será discutida por todas as partes”, disse, em conferência de imprensa, o comissário europeu da Energia, Guntther Oettinger. Acrescentou que, na próxima semana, a Rússia e a Ucrânia deverão selar o acordo alcançado em 26 de setembro passado.
O comissário explicou que a Rússia aceitou baixar o preço até US$ 385 por cada mil metros cúbicos de gás entregues à Ucrânia até marco de 2015, contra os atuais US$ 485. No entanto, insiste em novas entregas de combustível mediante pagamento antecipado por parte da Ucrânia.
Ainda falta acertar o volume de gás que a Ucrânia necessita nos próximos meses. Embora afirme que a necessidade será definida pelas autoridades ucranianas, Oettinger explicou que, após análise da situação, a Ucrânia necessitará de 4 bilhões de metros cúbicos de gás.
O ministro russo da Energia, Aleksandr Novak, também falou à imprensa depois do encontro trilateral. Ele concordou que a Ucrânia ainda não especificou necessidades. Ressalvou que, em qualquer caso, depende de Kiev ter recursos financeiros para pagar pelo gás. “A Ucrânia ainda não confirmou quantitativos. Só sabemos que a Comissão Europeia também não confirmou as fontes de financiamento”, salientou.
Na próxima semana, novamente Oettinger será anfitrião do encontro tripartidário nas negociações que já duram meses. Em 26 de setembro, russos e ucranianos selaram um pacto, em Bruxelas, obrigando a Ucrânia a pagar, antes do fim do ano, US$ 3,1 bilhões em faturas em atraso.