O acesso à mesquita de Al-Aqsa, na cidade velha de Jerusalém, ficará restrito nesta sexta-feira, dia de oração, devido aos confrontos ocorridos na noite de quinta-feira, anunciou a polícia israelense.
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Os palestinos menores de 40 anos não poderão entrar na Esplanada das Mesquitas, convertida em cenário de confrontos constantes, indicou a porta-voz da polícia, Luba Samri, atribuindo a decisão aos possíveis distúrbios que ocorrerão após a oração tradicional de sexta-fera.
Esta proibição acontece 36 horas depois que um palestino jogou seu carro contra pessoas que se encontravam em uma rua de Jerusalém, matando um bebê israelense.
A polícia israelense afirmou na véspera que aplicará "tolerância zero" ante qualquer tipo de violência em Jerusalém.
Em um comunicado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também advertiu contra qualquer tentativa de ataque em Jerusalém.
O jovem palestino que matou o bebê e feriu seis pessoas na quarta-feira em Jerusalém faleceu na quinta-feira, segundo o hospital. Um policial baleou o jovem, quando ele tentava fugir a pé depois de lançar o veículo contra várias pessoas que estavam em um ponto de ônibus.
O ataque matou a pequena Haya Zissel Braun, que tinha nacionalidade americana, e feriu gravemente a equatoriana Karen Mosquera, 22 anos.
Netanyahu acusou diretamente o líder palestino, Mahmud Abbas, de instigar esse tipo de ataque.
O primeiro-ministro se referia à suspeita de que o jovem pertencia ao Hamas, movimento considerado radical por Israel e que governa Gaza. Após anos de rivalidade, Hamas e Fatah decidiram criar um governo de unidade.
Em julho e agosto, Israel realizou uma ampla ofensiva contra o Hamas, que terminou com 2.200 palestinos mortos, principalmente civis, e 73 falecidos do lado israelense, soldados em sua maioria.