Militantes do grupo Estado Islâmico executaram cerca de 600 prisioneiros sunitas iraquianos em junho, ao conquistar a segunda maior cidade do país, Mosul, de acordo com o Humans Right Watch, entidade internacional em defesa dos Direitos Humanos.
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Segundo quinze sobreviventes do massacre, os detentos da prisão de Badoosh foram forçados a se ajoelharem ao longo de um barranco e foram mortos com o uso de armas automáticas. As vítimas sunitas haviam sido separadas de um número pequeno de cristãos que foram postos em liberdade posteriormente. Prisioneiros curdos e da etnia Yazidi também foram mortos. As vítimas cumpriam sentenças que iam de homicídio e atentados a crimes não violentos.
Os sobreviventes relatam ainda que, antes do massacre, os militantes do Estado Islâmico levaram 1,5 mil prisioneiros em caminhões até um trecho isolado do deserto a dois quilômetros da prisão. Centenas deles foram levados em outros veículos e os sunitas foram levados ao barranco onde as execuções em massa aconteceram.
Entre 30 e 40 detentos sobreviveram ao massacre, rolando para dentro do vale para fingir estarem mortos ou usar os corpos de outros prisioneiros como defesa. Depois, os atiradores ainda atearam fogo à ravina e nos corpos.
Também em junho, o Estado Islâmico disse ter "executado" cerca de 1,7 mil soldados e membros do Exército capturados em um acampamento nos arredores da cidade de Tikrit. O ataque devastador promovido pelos extremistas chocou as forças de segurança do Iraque, que se desfizeram e recuaram na medida em que os militantes ganhavam terreno ao conquistar cidades importantes.