Afeganistão

Presidente afegão convida Taleban a processo de paz

Não ficou imediatamente claro se há algum significado particular na referência de Ahmadzai ao grupo extremista, mas esta é a primeira visita de Estado de seu governo

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 31/10/2014 às 12:35
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O novo presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani Ahmadzai, convidou, nesta sexta-feira (31), o Taleban a participar de um processo de paz apoiado pela comunidade internacional, em uma referência incomum direta aos insurgentes que aumentaram os ataques com objetivo de derrubar o governo.

Em discurso durante uma conferência em Pequim sobre a paz e reconstrução no Afeganistão, Ahmadzai não fez propostas específicas e indicou que as forças do governo não vão se afastar da luta. No entanto, a menção ao nome Taleban marcou uma diferença em relação às referências públicas habituais ao grupo como "oponentes políticos".

"A paz é a nossa maior prioridade. Convidamos a oposição política, particularmente o Taleban, a participar e integrar o diálogo afegão e peço a todos os nossos parceiros internacionais para apoiarem um processo de paz liderado pelo Afeganistão", afirmou Ahmadzai. "Nós não vamos permitir que grupos que perseguem grandes ilusões usem nosso país como campo de batalha" acrescentou.

Não ficou imediatamente claro se há algum significado particular na referência de Ahmadzai ao grupo extremista, mas esta é a primeira visita de Estado de seu governo.

O premie chinês, Li Keqiang, afirmou que a China acredita na capacidade do Afeganistão de resolver seus problemas, mas que os vizinhos devem ajudar a criar um ambiente de paz sem interferir nos assuntos internos. "A comunidade internacional deve respeitar a soberania do Afeganistão, a independência e a integridade territorial, não interferir nos assuntos internos e apoiar os esforços afegãos de estabelecer a segurança e a estabilidade", afirmou Li.

A China anunciou na quarta-feira que iria fornecer US$ 300 milhões em subsídio para o Afeganistão em treinamento profissional e bolsas de estudo para 3.500 afegãos nos próximos cinco anos. Fonte: Associated Press.

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