Os jihadistas da Frente Al-Nosra expulsaram os rebeldes moderados da Frente Revolucionária Síria (FRS), apoiados por países ocidentais, de seu reduto do noroeste da Síria após 24 horas de combate.
A derrota é um duro golpe aos esforços dos Estados Unidos para criar e treinar uma força moderada entre os rebeldes que lutam contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad.
"A Frente Al-Nosra assumiu o comando em Deir Sinbel e agora controla a maioria das localidades e vilarejos da região de Jabal al-Zawiya", afirma o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Os combatentes do braço sírio da Al-Qaeda ficaram com armas e tanques da FSR. Uma parte dos rebeldes jurou lealdade à Frente Al-Nosra e outra fugiu", destacou a ONG.
Segundo o OSDH, alguns jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) ajudaram a Frente Al-Nosra, apesar dos confrontos entre os dois grupos em outras regiões do país.
A FRS, apoiada pelo Ocidente e pelos países árabes, defende a instauração de um Estado democrático na Síria, enquanto a Frente Al-Nosra e o EI desejam estabelecer um Estado teocrático.
O líder da FRS, Jamal Maaruf, planejava criar um exército nacional, mas seu grupo não tem mais um reduto e dispõe apenas de combatentes no sul da Síria.
Em setembro, o governo dos Estados Unidos anunciou a intenção de apoiar e treinar rebeldes moderados.
Um dos principais grupos beneficiados seria a FRS, uma aliança formada em 2013.