Quase 25.000 pessoas protestaram neste sábado em Atenas contra a austeridade, em uma manifestação convocada pelo Pame, a Frente de Trabalhadores, ligado ao Partido Comunista.
"Não somos apenas números, merecemos condições de vida humanas", gritaram os manifestantes na praça Syntagma, diante do Parlamento em Atenas.
"É preciso optar pelo crescimento, voltar a abrir as fábricas, criar empregos, estimular o consumo", afirmou à AFP Gregoris Papadopulos, de 45 anos, ex-funcionário da fábrica da Coca-Cola em Tesalonica (norte), fechada ano passado.
Os manifestantes denunciaram os 1,5 milhão de desempregados e os mais de 500.000 trabalhadores que não recebem salário há vários meses.
Para Fotini Mitsakosta, professora que compareceu ao protesto, a crise não acabou.
"Meu salário é mais de 40% menor que o de 2011, tenho dívidas e não consigo pagar a escola dos meus filhos", disse.
As centrais sindicais do setor privado e público convocaram uma greve geral para 27 de novembro, com o objetivo de denunciar a política de austeridade do governo, que pretende prolongar as medidas nos orçamentos de 2015.