Israel fechou nesta domingo sua fronteira com a Faixa de Gaza após um ataque aéreo que aconteceu na última sexta-feira. Uma porta-voz do Ministério da Defesa informou que a travessia de pedestres e de veículos para Gaza foi fechada devido à queda de um foguete em Israel, que não causou danos. Segundo ela, ainda não está decidido até quando a fronteira permanecerá fechada.
Esta foi a primeira vez que a fronteira com a Faixa de Gaza foi fechada desde o cessar-fogo da guerra de 50 dias entre Israel e o Hamas, em agosto deste ano. Até o momento, nenhum grupo palestino reivindicou a responsabilidade pelo ataque desta sexta.
Defensores de Direitos Humanos criticaram a decisão do governo israelense de fechar a fronteira com a Faixa de Gaza, cuja população ainda luta para se recuperar da guerra. O fechamento significa "punir os civis em Gaza em busca dos chamados objetivos políticos ou de segurança", avaliou Eitan Diamond, diretor do Gisha, grupo que defende a liberdade na Faixa de Gaza. O grupo alega que o fechamento da fronteira pode, por exemplo, impedir o transporte de pacientes.
Após um conferência no mês passado, a Autoridade Palestina recebeu promessas de US$ 5,4 bilhões em ajuda para a recuperação de Gaza, mas a entrada de recursos através da fronteira com Israel tem enfrentado obstáculos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu calma à população do país, que teria ficado agitada após o ataque de sexta-feira. "Não vamos nos jogar nas mãos de nossos inimigos extremistas", disse Netanyahu. "Eu acho que o necessário agora é mostrar sobriedade e trabalharmos juntos para acalmar a situação", completou.
Jerusalém tem sido o epicentro de confrontos entre palestinos e a polícia israelense desde o mais recente conflito em Gaza. As tensões culminaram na semana passada com a tentativa de assassinato de um ativista israelense de extrema direita.