O Parlamento da Mongólia aprovou nesta quarta-feira a saída do primeiro-ministro Altankhuyag Norov, que tem sido acusado de corrupção e sofre críticas pela brusca desaceleração da economia no país. O movimento político deve minar a confiança na economia nacional entre companhias de mineração internacionais e grandes investidores.
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A demissão do primeiro-ministro foi aceita pela maioria dos congressistas, em votação que terminou com 36 posicionamentos a favor e 30 contra. Com a mudança no poder, o vice-primeiro-ministro da Mongólia ficará temporariamente no comando do país com a missão de negociar entre seu partido e aliados um novo gabinete, que deve ser composto em até 14 dias.
Segundo o analista político Amgalanbaatar Dagdandorj, chefe de uma empresa de pesquisas, o líder do Executivo perdeu a confiança dos congressistas do seu próprio partido. "Aqueles próximos ao primeiro-ministro Altankhuyag foram presos e investigados pela agência anti-corrupção por diversos acordos sombrios, e a confiança pública nele como um primeiro-ministro honesto diminuiu".
A agência anti-corrupção está investigando o ex-ministro do Meio Ambiente Gansukh Luumed, sob acusações de desviar subsídios ao carvão destinados à população carente do país. Norov também é criticado por nepotismo e por permitir que seus familiares enriquecessem às custas de contratos do governo.
Investimentos estrangeiros no país também têm caído consideravelmente na medida em que se arrastam as negociações entre o governo e a mineradora Rio Tinto para um financiamento que permitiria desenvolver uma mina de exploração de ouro e cobre.