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Obama enviou carta secreta ao Irã sobre Estado Islâmico

O objetivo da carta parece ser tanto reforçar a campanha contra o Estado Islâmico quanto aproximar o líder religioso do Irã para um acordo sobre o programa nuclear

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 06/11/2014 às 18:50
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O objetivo da carta parece ser tanto reforçar a campanha contra o Estado Islâmico quanto aproximar o líder religioso do Irã para um acordo sobre o programa nuclear - FOTO: Foto: AFP
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O presidente dos EUA, Barack Obama, escreveu uma carta secreta ao líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, no meio do mês passado e descreveu um interesse comum na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico, de acordo com pessoas informadas sobre a correspondência.

O objetivo da carta parece ser tanto reforçar a campanha contra o Estado Islâmico quanto aproximar o líder religioso do Irã para um acordo sobre o programa nuclear. Obama destacou que qualquer cooperação em relação ao Estado Islâmico depende fortemente de o Irã chegar a um acordo com potências mundiais sobre o futuro do programa nuclear de Teerã até o prazo de novembro.

A carta é pelo menos a quarta vez que Obama escreve ao mais poderoso líder político e religioso do Irã desde que tomou posse em 2009.

O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, se recusou a comentar o que chamou de "correspondência privada" entre o presidente e líderes mundiais, mas reconheceu que as autoridades americanas discutiu a campanha contra o Estado islâmico com as autoridades iranianas no passado. Ele acrescentou que as negociações permanecem centradas sobre o programa nuclear do Irã e reiterou que os EUA não estão cooperando militarmente com o Irã na luta contra o Estado Islâmico.

O Irã mobilizou os próprios recursos militares para lutar contra o grupo extremista, de acordo com altos funcionários iranianos e norte-americanos. A unidade militar de elite do Irã, a Guarda Revolucionária Islâmica, enviou conselheiros militares para o Iraque para ajudar o governo do primeiro-ministro Haider Al Abadi, um aliado próximo do Irã. Eles também trabalharam com o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, para conduzir operações militares dentro da Síria. Fonte: Dow Jones Newswires.

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