oriente médio

Iêmen empossa novo governo em meio a crise política

Pelo menos três ministros boicotaram o governo depois que Saleh e o Congresso o classificaram como "não representativo"

Karol Albuquerque
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Karol Albuquerque
Publicado em 09/11/2014 às 17:48
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O presidente do Iêmen, Abded Rabbo Mansour Hadi, empossou um novo governo neste domingo (9), apesar de objeções do partido no poder, liderado pelo ex-presidente Ali Abdullah Saleh, e os rebeldes xiitas aliados a ele, que controlam o capital.

Pelo menos três ministros boicotaram o governo depois que Saleh e o Congresso o classificaram como "não representativo". Os comentários, junto com uma objeção similar dos rebeldes xiitas, ameaçam perpetuar o impasse que tomou conta do país nas últimas semanas.

Trinta ministros, incluindo o primeiro-ministro Khaled Bahah, foram empossados pelo por Hadi no palácio presidencial. Bahah disse que três outros ministros estavam fora do Iêmen e não puderem voltar a tempo.

Depois de semanas de violência e disputas políticas , um acordo mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) resultou em Bahah nomeado como primeiro-ministro e encarregado de formar um governo. Todos os partidos e grupos políticos eventualmente concordaram sobre um gabinete independente tecnocrata no último sábado, o que foi considerado um passo importante nos esforços para recuperar a estabilidade depois que os rebeldes Houthi tomara a capital, Sanaa, em setembro e exigiram que Hadi nomeasse um novo governo.

A tensão foi renovada depois de o Conselho de Segurança da ONU aprovou sanções contra Saleh e dois comandantes rebeldes na sexta-feira. Saleh culpou Hadi pela medida e o partido do poder o retirou da liderança.

Bahah disse que seu governo é definitivo e que não pretende recuar. De acordo com ele, a decisão de impor sanções foi internacional e não veio de dentro do governo do Iêmen. O país vai respeitar a resolução da ONU e "trabalhar com o Conselho de Segurança a fim de implemenTá-la", declarou Bahah.

O conselho da ONU ordenou um congelamento de todos os ativos e uma proibição global de viagens de Saleh, do comandante militar do grupo rebelde, Abd Al Khaliq Al Huthi, e do segundo comandante dos Houthi, Abdullah Yahya Al Hakim.

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