China

Obama pede a China abertura do mercado, câmbio livre e respeito aos direitos humanos

Presidente americano fez os pedidos durante um breve discurso na denominada reunião de empresários

Da AFP
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Publicado em 10/11/2014 às 7:37
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta segunda-feira às autoridades chinesas uma abertura dos mercados, o câmbio livre e o respeito aos direitos humanos e à liberdade de imprensa, antes de destacar que é do interesse de Washington que a China prospere.

"O governo dos Estados Unidos é favorável ao surgimento de uma China próspera, pacífica e estável", disse Obama na abertura da reunião de cúpula Ásia Pacífico da APEC, na qual defendeu a intensificação das relações bilaterais entre as duas maiores economias do planeta. Além disso, pediu às autoridades de Pequim, que aumentaram a repressão contra os dissidentes, que respeitem os direitos humanos e a liberdade de imprensa.

Obama também anunciou um acordo para ampliar os vistos para os cidadãos chineses que viajam aos Estados Unidos para trabalhar ou estudar, assim como para os turistas e empresários. Mais de 1,8 milhão de chineses visitaram os Estados Unidos no ano passado, recordou Obama, o que representou uma contribuição de 21 bilhões de dólares para a economia e a criação de mais de 100.000 empregos.

"O acordo pode nos ajudar a quadruplicar estes números", disse o presidente americano, que o chamou "importante avanço que beneficiará nossas economias e aproximará os povos". A China envia anualmente quase 100 milhões de turistas a todo o mundo, o que significa uma importante fonte de arrecadação para os países receptores.

Uma fonte do governo americano chamou o acordo com a China de "verdadeiro grande impulso para a economia". Ao mesmo tempo, Obama expressou o desejo de que a China "crie um marco que permita um tratamento mais justo das empresas estrangeiras" e que "a taxa de câmbio do yuan esteja cada vez mais determinada pelo mercado".

"Não sugerimos estas coisas porque são positivas para nós, e sim porque isto é favorável ao crescimento sustentável da China e para a estabilidade da região Ásia-Pacífico", completou. As relações entre Washington e Pequim registram com frequência momentos de tensão.

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