O presidente da Catalunha, Arthur Mas, foi ovacionado por funcionários públicos nesta segunda-feira (10) após seu governo atropelar a mais alta Corte da Espanha para realizar uma consulta informal sobre a independência da região.
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O chefe do governo local recebeu as saudações ao chegar na sede do seu partido para analisar os resultados do referendo extraoficial. "A Catalunha quer decidir o seu próprio futuro", afirmou o porta-voz de Mas, Francesc Homs.
Segundo as autoridades regionais, 2,3 milhões de catalães votaram, com 80% deles sendo favoráveis à independência. Apesar do resultado, acredita-se que a participação dos eleitores nas urnas tenha sido bem menor que a verificada nas últimas eleições.
A votação foi criticada pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que afirmou que não se tratava nem de um referendo e nem de uma consulta, já que não possuía valor legal. Em Londres, o primeiro-ministro britânico David Cameron disse que o Reino Unido quer que a Catalunha permaneça na Espanha e ressaltou que referendos do tipo devem seguir a legislação do país.
O governo local decidiu realizar a votação simbólica para pressionar Madri, após cancelar o referendo previsto para o último fim de semana. Ambas as consultas foram questionadas pela Espanha na Justiça. O governo central afirma que votações do tipo só podem ser realizadas pelo chefe do Executivo do país e que, neste caso, todos os espanhóis teriam direito a votar.