oriente médio

Jordânia e Israel discutem tensões em Jerusalém

O secretário de Estado norte-americano John Kerry também vai participar do encontro

Karol Albuquerque
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Karol Albuquerque
Publicado em 13/11/2014 às 16:07
Foto: YOUSEF ALLAN / JORDANIAN ROYAL PALACE / AFP
O secretário de Estado norte-americano John Kerry também vai participar do encontro - FOTO: Foto: YOUSEF ALLAN / JORDANIAN ROYAL PALACE / AFP
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O rei Abdullah II da Jordânia e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reúnem-se nesta quinta-feira (13) na capital jordaniana, Amã, para discutir as crescentes tensões em Jerusalém a respeito de um local sagrado tanto para muçulmanos quanto para os judeus. 

O encontro, marcado para a noite desta quinta (horário local) deveria também buscar a melhora das relações diplomáticas entre os dois países aliados, prejudicadas nas últimas semanas pelo que Amã descreve como táticas pesadas das autoridades israelenses contra muçulmanos que tentam rezar na mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém. A mesquita está localizada na mesma colina que é o terceiro local mais sagrado para o Islã e o lugar mais sagrado para o judaísmo. 

O secretário de Estado norte-americano John Kerry, que passou a maior parte do último ano tentando intermediar um acordo de paz entre Israel e os palestinos, também vai participar do encontro com o rei jordaniano e o premiê israelense. 

A reunião vai "se concentrar em formas para restaurar a calma e reduzir as tensões em Jerusalém", afirmou a porta-voz adjunta do Departamento de Estado Marie Harf, em comunicado divulgado nesta quinta-feira em Amã. 

A Jordânia é um dos únicos dois países árabes em paz com Israel. Como país encarregado de cuidar dos locais sagrados muçulmanos em Jerusalém e com significativa influência na Cisjordânia, a Jordânia tem um papel moderador e de mediação entre Israel e os palestinos. A Jordânia faz fronteira com a Cisjordânia e tem uma grande população palestina. 

Mas na semana passada Amã chamou de volta seu embaixador em Tel-Aviv para protestar contra o que o reino chamou de uma repressão inaceitável da polícia israelense contra manifestantes palestinos em Al-Aqsa. 

Antigas tensões se intensificaram ainda mais por causa de manifestações violentas e de ataques palestinos que mataram seis pessoas nas últimas semanas. O assassinato a tiros no último final de semana de um manifestante árabe israelense pela polícia no norte de Israel, quando ele parecia estar se afastando de um policial, piorou ainda mais a situação. 

Netanyahu afirma que Israel não tem planos para alterar o acordo no local sagrado, mas suas promessas não trouxeram de volta a calma para a região. 

Kerry já reuniu-se nesta quinta-feira com o rei Abdullah II e com o ministro de Relações Exteriores jordaniano, Nasser Judeh, assim como com o presidente palestino Mahmoud Abbas. Não era esperado que Abbas participasse da reunião desta noite.

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