Novos confrontos aconteceram nesta quinta-feira em Jerusalém antes da reunião entre o secretário de Estado americano John Kerry e o presidente palestino Mahmud Abbas, na Jordânia, para tentar reduzir a onda de violência em Israel e nos territórios ocupados.
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No bairro árabe de Isawiya, em Jerusalém, quase 100 pessoas, incluindo crianças, tentaram bloquear a rua principal como resposta ao bloqueio da polícia às entradas do bairro.
Os policiais usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes.
A tesão aumentou na quarta-feira com o anúncio de Israel de que pretende construir 200 novas residências no bairro de colonização de Ramot, em Jerusalém Oriental, uma decisão que preocupa Washington, segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
Após vários meses de confrontos, a violência afetou nos últimos dias de Jerusalém Oriental até a Cisjordânia ocupada, passando pelas localidades árabes de Israel, o que gerou o temor de uma nova intifada ("levante") palestina.
Abbas e Kerry se reúnem nesta quinta-feira em Amã, capital da Jordânia, para tentar reduzir a tensão, sobretudo na Esplanada das Mesquitas.
A Esplanada, um local sagrado para judeus e muçulmanos que inclui a mesquita de Al-Aqsa, onde rezam milhares de palestinos, se transformou em um dos epicentros da violência.
Os palestinos manifestam revolta com uma campanha de pequenos grupos judeus de extrema-direita que defendem o direito de rezar no local, apesar de Israel repetir que não tem a intenção de alterar o antigo 'status quo', que permite a visita dos judeus ao local, mas sem a possibilidade de oração.
Na quarta-feira, o ministro da Segurança Pública israelense, Yitzhak Aharonovitch, anunciou a instalação de detectores de metal e de sistemas de reconhecimento facial na entrada da Esplanada.