Um local sagrado em Jerusalém que tem sido centro das tensões recentes entre israelenses e palestinos ficou tranquilo nesta sexta-feira, depois que restrições de idade a muçulmanos que queriam rezar no local foram retiradas pela primeira vez em semanas. Na Cisjordânia, contudo, confrontos menores com manifestantes palestinos persistem.
O avanço aconteceu um dia após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reunir com o secretário de Estado americano, John Kerry, e com o rei Abdullah II, da Jordânia, em uma tentativa de restaurar a calma no local sagrado que sofreu com meses de tensão e violentos confrontos.
Azzam Khatib, diretor geral da autoridade islâmica da Jordânia que gerencia o local, afirmou que "40.000 fiéis vieram pacificamente, rezaram e deixaram a mesquita silenciosamente. Nós esperamos que seja uma nova página. Vamos monitorar a conduta israelense nos próximos dias e semanas".
Nas últimas semanas, palestinos entraram em confronto com a polícia no local, algumas vezes em resposta a visitas de judeus. As visitas têm alimentado medos e acusações entre os palestinos de que Israel tem a intenção de alterar décadas regimes de acesso ao local, o que Israel nega veementemente.
A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, elogiou a retirada das restrições de idade como um gesto extremamente necessário para ajudar a acalmar a situação. Psaki alertou, contudo, que a questão não está completamente resolvida. "A situação ainda é muito tensa. Estamos de olhos abertos e vamos continuar engajados e em contato com os líderes e, obviamente, ações de ambas as partes são fundamentais para restaurar e manter a calma."