Epidemia

Ebola pode prejudicar economia global, diz G-20

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 5.100 pessoas morreram de Ebola na Guiné, Libéria e Serra Leoa

Adriana Oliveira
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Adriana Oliveira
Publicado em 15/11/2014 às 10:28
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 5.100 pessoas morreram de Ebola na Guiné, Libéria e Serra Leoa - FOTO: Foto: AFP
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Os líderes do G-20, que estão reunidos neste fim de semana na Austrália, alertaram que a epidemia de Ebola no oeste da África pode prejudicar a economia global, além do aspecto de desastre humanitário. Eles cobraram maiores esforços internacionais para combater a disseminação do vírus, que já deixou mais de 5 mil mortos.

Os chefes de governo, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente da China, Xi Jinping, disseram que estão preparados para fazer tudo o que for necessário para extinguir o surto de Ebola, apoiando um pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial para os países mais afetados. "Nós convidamos aqueles países que ainda não o fizeram que se juntem às contribuições para ajuda financeira, equipes médicas qualificadas, equipamento de saúde e remédios", disseram os líderes em um comunicado conjunto.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 5.100 pessoas morreram de Ebola na Guiné, Libéria e Serra Leoa. Segundo um estudo do Centro de Prevenção e Controle de Doenças, se nada for feito para conter o vírus entre 555 mil e 1,4 milhão de pessoas podem ser contaminadas nesses países até meados de janeiro.

Em um discurso em uma universidade local, Obama disse que a epidemia não deve ser combatida com o fechamento de fronteiras. "Não podemos construir um fosso em volta dos nossos países e nem deveríamos tentar", afirmou, alegando que o combate exige um esforço integrado de diversas entidades. Em outubro, o governo da Austrália impôs uma proibição de viagem para cidadãos dos países mais atingidos pela epidemia.

No mês passado, o FMI disse que forneceria US$ 130 milhões em ajuda financeira emergencial para Guiné, Libéria e Serra Leoa, mas os EUA têm pressionado por mais ações, incluindo US$ 100 milhões em perdões de dívidas. 

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