Human Rights Watch

Polícia realizou 51 mortes ilegais no Congo

De acordo com o relatório do grupo de direitos humanos, a polícia cometeu abusos durante a ''Operação Likofi'', iniciada em novembro do ano passado para reprimir uma onda de assaltos à mão armada e outros crimes realizados por pequenas gangues

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 18/11/2014 às 20:00
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A polícia na capital do Congo, Kinshasa, cometeu dezenas de assassinatos ilegais em uma ofensiva contra as gangues do crime organizado, afirmou a organização Human Rights Watch. De acordo com o relatório do grupo de direitos humanos, a polícia cometeu abusos durante a "Operação Likofi", iniciada em novembro do ano passado para reprimir uma onda de assaltos à mão armada e outros crimes realizados por pequenas gangues, conhecidas como kuluna.

A polícia matou pelo menos 51 jovens desarmados, do lado de fora de suas casas ou em mercados abertos, a fim de causarem um efeito máximo de intimidação, de acordo com o documento. Cinco tinham entre 14 e 17 anos e cerca de 30 outros estão desaparecidos.

O Human Rights Watch pediu que doares internacionais e a Organização das Nações Unidas (ONU) pressionem o Congo para prender e julgar os responsáveis pelos crimes. A organização afirmou que o general Celestin Kanyama, apontado como comandante da operação, deve ser suspenso até haver provas judiciais de crimes associados à campanha.

O porta-voz do governo, Lambert Mende Omalanga, afirmou que o relatório é "exagerado" e descartou a suspensão do general, pedida pelo grupo de direitos humanos. Fonte: Associated Press.

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