Síria

Jihadistas não vencerão em cidade curda de Kobane, afirmam EUA

Desde o início, em meados de setembro, da ofensiva lançada pelos jihadistas em Kobane

Danilo Galindo
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Publicado em 20/11/2014 às 10:59
Foto: ARIS MESSINIS / AFP
Desde o início, em meados de setembro, da ofensiva lançada pelos jihadistas em Kobane - FOTO: Foto: ARIS MESSINIS / AFP
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O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) está "afundando" na cidade síria curda de Kobane e não conseguirá assumir seu controle, considerou nesta quinta-feira o coordenador americano da coalizão internacional que combate o EI.

"A partir de muitos pontos de vista, o EI tem afundado em Kobane", declarou o general John Allen, em entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal turco Milliyet, por ocasião de sua visita à Ancara.

"Assim como eles continuam a enviar combatentes, nós iremos continuar a bombardeá-los, cortar suas linhas de suprimento e interromper sua cadeia de comando e controle e, ao mesmo tempo, fazer tudo o que pudermos para apoiar os defensores" curdos da cidade, acrescentou.

"O EI acabará por perceber que não vencerá essa batalha", continuou Allen em Milliyet.

Desde o início, em meados de setembro, da ofensiva lançada pelos jihadistas em Kobane (Ain al-Arab, em árabe), cerca de 1.200 pessoas foram mortas, em sua maioria combatentes do EI de milícias curdas que defendem a cidade.

A coalizão intensificou recentemente seus ataques contra alvos do EI em Kobane e conseguiu parar seu progresso.

"Estamos confiantes de que nossos ataques aéreos mataram mais de 600 homens do EI", acrescentou o oficial americano. "Acho que se eles não se retirarem este será o sinal de que a sua 'marcha para a vitória' atingiu seu ponto culminante".

"Em verdade, temos constatado que eles não são absolutamente invencíveis", concluiu Allen.

Questionado sobre as atuais divergências entre os Estados Unidos e a Turquia sobre sua política na Síria, o general considerou ser necessário "levar em conta os interesses nacionais da Turquia e suas demandas".

Ao contrário de Washington, o governo islâmico-conservador turco recusa-se a intervir militarmente para apoiar os defensores curdos de Kobane, por medo de que esse apoio beneficie o regime em Damasco, seu inimigo, e os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que conduzem em uma rebelião na Turquia desde 1984.

Ancara exige a criação de uma zona-tampão e de uma zona de exclusão aérea em sua fronteira com a Síria, bem como um ajuda à oposição síria moderada.

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