O presidente Barack Obama aprovou nas últimas semanas diretrizes para permitir que o Pentágono atue contra combatentes do Taleban no Afeganistão, ampliando os planos anteriores que limitavam a ação do Exército norte-americano a missões de contraterrorismo contra a Al-Qaeda após o final deste ano, informaram autoridades dos Estados Unidos.
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As decisões presidenciais também permitem que o Exército realize ações de apoio aéreo para operações afegãs, quando necessário, disseram as fontes na noite de sexta-feira. Obama emitiu as diretrizes nas últimas semanas, na medida em que a missão de combate norte-americana no Afeganistão se aproxima do final, milhares de soldados voltam para casa e o Exército se prepara para reduzir as missões de contraterrorismo e treinamento nos próximos dois anos.
A decisão de Obama significa uma extensão do que havia sido planejado para o próximo ano. Um funcionário do governo dos Estados Unidos disse que o Exército só poderia perseguir o Taleban se o grupo representasse uma ameaça para as forças norte-americanas ou se fornecesse apoio direto para a Al-Qaeda, enquanto os combatentes da Al-Qaeda podiam ser alvo de ações militares.
A presença do Taleban no Afeganistão supera em muito a da Al-Qaeda, o que dá ainda mais significado à autorização de Obama. A decisão do presidente foi tomada em resposta a pedidos de comandantes militares que queriam que suas tropas tivessem permissão para continuar a combater o Taleban, afirmaram as fontes.
A informação a respeito das novas diretrizes foi divulgada primeiramente pelo The New York Times. Funcionários do governo norte-americano confirmaram os detalhes para a Associated Press em condição de anonimato, porque não têm autorização para discutir as decisões de Obama.
A decisão de expandir a autoridade militar não tem impacto sobre o número total de tropas norte-americanas que permanecerão no Afeganistão. Mais cedo neste ano, Obama ordenou que a presença de forças dos Estados Unidos fosse reduzida para 9.800 homens até o final deste ano, número de deve ser cortado pela metade até o final de 2015.
O presidente quer que todas as tropas norte-americanas estejam fora do país um ano mais tarde, quando termina seu segundo mandato presidencial.