Frustrados com o impasse no processo de paz no Oriente Médio, um crescente número de líderes e integrantes do Legislativo de países europeus pedem o reconhecimento unilateral do Estado palestino.
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Esse movimento avançou mais um passo nesta quarta-feira (26), quando membros do Parlamento Europeu começaram a debater se podem chegar a um acordo a respeito de uma abordagem comum para os 28 membros da União Europeia (UE).
O reconhecimento de um país é uma decisão de governos nacionais, mas a chefe da política externa da UE, Federica Mogherini disse aos deputados reunidos em Estrasburgo, na França, que o bloco precisa de "uma mensagem única e forte" para influenciar os acontecimentos.
No dia 30 de outubro, o governo da Suécia se tornou o primeiro país da Europa ocidental na UE a reconhecer o Estado palestino. Desde então, o Legislativo do Reino Unido, Espanha e Irlanda aprovaram moções não vinculantes pedindo o reconhecimento. Deputados franceses devem debater uma medida semelhante na sexta-feira.
A tendência em favor do reconhecimento despertou tanto alerta quanto aprovação em Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu advertiu na terça-feira que a medida pode encorajar os palestinos a "endurecer suas posições" e tornar a paz mais difícil de ser alcançada.
Outros israelenses disseram que as ações europeias, e seu efeito dominó, podem forçar o país de volta à mesa de negociação para conversações mais substanciais.
"Sem a pressão europeia, nada aqui sairá do lugar", disse Alon Liel, ex-diretor do Ministério de Relações Exteriores de Israel.
A Alemanha, aliada mais próxima de Israel e membro mais poderoso da UE, lidera uma campanha que se opõe ao reconhecimento do Estado palestino antes que Israel adote a medida. Segundo autoridades alemãs, o reconhecimento antecipado fará mais mal do que bem.
Na sexta-feira, a chanceler Angela Merkel disse que seu governo apoia uma solução de dois Estados e uma fórmula resistente para a paz.