Os eleitores suíços comparecem às urnas neste domingo (30) para votar sobre várias iniciativas populares, incluindo leis mais rígidas para a imigração e as vantagens fiscais para os milionários estrangeiros.
A cada três meses os suíços votam sobre vários temas e desta vez devem opinar sobre imigração, regras fiscais e o "ouro nacional", uma iniciativa que pretende obrigar o Banco Nacional, o BNS, a conservar no mínimo 20% das reservas em forma de ouro, enquanto o estoque atual corresponde a 7%.
Nos três casos as pesquisas apontam o fracasso das iniciativas, mas a classe política não descarta uma surpresa sobre a imigração.
Depois que os suíços optaram pelo "não à imigração em massa" em um referendo em fevereiro, agora a organização Ecologia e População (Ecopop) quer limitar o saldo migratório anual da Suíça a 0,2% da população (16.000 pessoas), alegando motivos ambientais.
Todos os partidos políticos, incluindo a direita populista da UDC, que liderou a votação anti-imigração de 9 de fevereiro, consideram excessiva a medida para um país que mostra um crescimento líquido, não está endividado e tem taxa de desemprego de apenas 3,1%.
A consulta sobre o chamado "forfait" fiscal aos residentes estrangeiros ricos, combatido pela esquerda em nome da "igualdade", envolve os 5.729 milionários estrangeiros que preferem pagar um bilhão de francos suíços (830 milhões de euros) de impostos negociados na Suíça, ao invés da taxação em seus respectivos países.
Os críticos, incluindo vários governos cantonais, afirmam que eliminar as vantagens fiscais privaria as regiões de importantes recursos.