Especialistas da ONU denunciaram nesta segunda-feira (1º) a "escravidão moderna" que afeta "milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo crianças", por ocasião do Dia Internacional para a Abolição da Escravatura, comemorado em 2 de dezembro.
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"Milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo crianças, estão sujeitas a uma escravidão moderna", e a vontade política "não é suficiente para tirá-las dessa situação", ressaltam as especialistas Urmila Bhoola (África Sul), relatora especial das Nações Unidas sobre as formas contemporâneas de escravidão, Maud de Boer-Buquicchio (Holanda), relatora da ONU sobre a venda de crianças, e Maria Grazia Giammarinaro (Itália), relatora especial da ONU encarregada do tráfico de seres humanos.
"Pelo menos 20,9 milhões de pessoas são submetidas a formas modernas de escravidão, com as mulheres e meninas em sua maioria", declarou Bhoola, citando um relatório de 2012 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
"Além disso, 168 milhões de crianças trabalham, mais da metade em empregos precários, pondo em risco a sua saúde, especialmente na indústria extrativa", acrescentou.
Para Maud de Boer-Buquicchio, "milhões de crianças em todo o mundo têm sua infância roubada, porque são vítimas do trabalho forçado e da exploração sexual."
O Dia Internacional para a Abolição da Escravatura marca a data da aprovação pela Assembleia Geral da ONU da Convenção das Nações Unidas para a supressão do tráfico de pessoas, em 2 de dezembro de 1949.
A escravidão moderna inclui, escravidão tradicional, o trabalho forçado, a exploração, a servidão doméstica, os casamentos forçados de crianças, a escravidão sexual, venda de viúvas, e servidão.