O general colombiano sequestrado pelas Farc (Forças Armadas da Colômbia) e que foi libertado no domingo (30), após 14 dias de cativeiro, pediu demissão nesta segunda-feira (1º).
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Rubén Darío Alzate fez o anúncio em sua primeira aparição à imprensa. Ele tinha 33 anos de carreira militar.
Mais cedo, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, havia pedido que o Exército explicasse as circunstâncias do sequestro. Além disso, exigiu que Alzate esclarecesse o que havia feito para ter colocado sua equipe em risco.
O militar foi capturado pelas Farc no dia 16 de novembro em Chocó, no oeste do país, com o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego. O crime provocou a suspensão das negociações de paz entre o governo colombiano e a guerrilha.
O general admitiu ter violado os protocolos de segurança. Ele disse que adentrou o território dominado pelas Farc em Chocó para visitar um projeto de desenvolvimento econômico coordenado pela advogada Urrego.
Alzate também afirmou que estava trajado como civil --e desarmado-- para conquistar a confiança da população que iria visitar. Pelo mesmo motivo, disse que resolveu não utilizar escolta.
"Nos sequestraram quando estávamos totalmente indefesos, o que é uma grave violação dos direitos humanos."
NEGOCIAÇÕES
Nesta segunda, um grupo do governo viajou a Havana para se reunir com os negociadores da guerrilha para tentar retomar o processo de paz, iniciado há dois anos.
"[A equipe] terá alguns dias para avaliar em que ponto está o processo, para onde vamos e verificar de forma fria e objetiva como podemos prosseguir", disse Santos.
O chefe da delegação, Humberto de la Calle, disse que a intenção é fazer "uma avaliação relacionada com os fatos recentes".
Isso significa que não será um reinício imediato dos diálogos, centrados na situação das vítimas do conflito de 50 anos, mas uma aproximação para retomar o contato.