O Irã não ouve mais os tambores de guerra graças aos avanços nas negociações nucleares entre Teerã e as grandes potências, afirmou nesta terça-feira (2) o chefe da diplomacia iraniana, Mohamed Javad Zarif.
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Zarif também disse que a decisão de Teerã de retomar as negociações, bloqueadas há anos, para alcançar um controverso acordo sobre o programa nuclear iraniano havia reduzido as tensões diplomáticas e que não era mais possível voltar atrás.
Mas o ministro das Relações Exteriores desmentiu que sua equipe tenha negociado "como comerciantes de tapetes" durante as negociações com o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha), que prolongaram um acordo interino até meados de 2015.
"Ninguém mais fará soarem os tambores de guerra (...) a atmosfera hostil criada contra nós desapareceu. O mundo se deu conta de que a compreensão mútua e os interesses comuns podem conduzir a um acordo", afirmou Zarif, para quem "graças a estas negociações, a República Islâmica é mais segura (...) e menos vulnerável que antes".
Estados Unidos e Israel deixaram a porta aberta para adotar qualquer tipo de medidas, inclusive uma ação militar, caso as negociações com o Irã fracassem.
As grandes potências exigem que o Irã reduza suas capacidades nucleares para impedi-lo de fabricar uma bomba atômica. Já Teerã reivindica seu direito a contar com uma atividade nuclear civil completa e pede o levantamento das sanções econômicas ocidentais.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, afirmou no norte do país que o desafio para o Irã era melhorar sua economia, submetida às sanções ocidentais.
"O mundo precisa do Irã para (garantir) a segurança da região e do mundo, e para a prosperidade econômica regional e mundial", afirmou.