Os Estados Unidos ressaltaram nesta quarta-feira (3) seu apoio aos manifestantes pró-democracia em Hong Kong e pediram que a China garanta que vários candidatos possam se enfrentar nas eleições de 2017.
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As autoridades de Pequim e Hong Kong devem "trabalhar juntas para garantir um processo competitivo de eleições para designar o chefe do Executivo", disse o máximo responsável diplomático para a Ásia, Daniel Russel, a legisladores americanos.
Os Estados Unidos se posicionam "do lado da justiça, nos posicionamos do lado da liberdade", acrescentou o diplomata.
Washington deve encorajar estas eleições, já que apoia os manifestantes que "estão do lado da justiça (...) e da liberdade", expressou Russel.
A diplomacia americana fez estas declarações num momento em que os fundadores do movimento pró-democracia se renderam à polícia, em um ato simbólico que busca colocar fim a dois meses de manifestações, com episódios violentos.
Russel também expressou sua preocupação a respeito da aplicação do modelo de "país com dois sistemas" que funcione nesta antiga colônia britânica, que passou em 1997 à tutela chinesa.
Centenas de milhares de manifestantes saíram às ruas em 28 de setembro para exigir a instauração do voto universal para eleger o executivo em 2017.
Mas a China exige que os candidatos às eleições recebam o aval de um comitê leal, que aos olhos dos manifestantes garantirá um vassalo de Pequim.
"A legitimidade do chefe do Executivo de Hong Kong melhorará muito em relação a uma garantia do sufrágio universal", acrescentou o diplomata ante a comissão de Assuntos Estrangeiros do Senado.
"Isso implica a organização de uma eleição e a possibilidade de os candidatos de diversas correntes políticas fazerem campanha entre os eleitores de Hong Kong", afirmou.