Desaparecidos no México

México: anistia recolhe 120 mil assinaturas por justiça para estudantes desaparecidos

No México há mais de 22 mil desaparecidos desde 2006

AFP
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Publicado em 10/12/2014 às 20:37
Leandra Felipe/Agência Brasil
No México há mais de 22 mil desaparecidos desde 2006 - FOTO: Leandra Felipe/Agência Brasil
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A Anistia Internacional (AI) exigiu nesta quarta-feira da Procuradoria Geral do México "verdade, justiça e reparação" no caso dos 43 estudantes que desapareceram em setembro passado, através de um documento firmado por mais de 120 mil pessoas, de oito países.

"Não há mural suficiente (de assinaturas) para manifestar a indignação que sentem os mexicanos e todo o mundo neste caso", disse Perseo Quiroz, diretor-executivo da AI no México, ao inaugurar o mural no emblemático monumento da Revolução, na Cidade do México, onde milhares de firmas dão forma aos rostos dos estudantes desaparecidos.

Pouco antes, Quiroz foi à Procuradoria para pedir "urgência na realização de investigações exaustivas visando garantir a verdade, a justiça e a reparação" no caso dos estudantes, como determina o documento firmado por mais de 120 mil pessoas de México, Bélgica, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos, Itália e Uruguai.

"Manifestamos à Procuradoria nossa preocupação com a intenção que percebemos de jogar este caso para debaixo do tapete, de pretender que com o resultado de uma análise de laboratório (...) se abandone a busca das demais 42 pessoas", disse Quiroz, recordando que no México há mais de 22 mil desaparecidos desde 2006, quando o governo lançou a campanha militar contra o narcotráfico.

"Não vamos (...) superar isto (...) até sabermos a verdade, de haver justiça e reparação" para os familiares das vítimas, disse Quiroz.

No dia 26 de setembro passado, em Iguala (Guerrero), 43 estudantes da escola rural do magistério de Ayotzinapa desapareceram após um protesto reprimido por policiais da cidade de Iguala, que entregaram o grupo a traficantes de drogas.

Após uma intensa busca, foram encontrados fragmentos de ossos que estão sendo analisados em um   laboratório da Áustria. Segundo traficantes presos, os jovens foram executados e tiveram seus corpos incinerados em um lixão.

 

 

 

 

 

 

 

 

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