A Câmara dos EUA aprovou nesta quarta-feira (10) à noite a aplicação de novas sanções a funcionários do governo da Venezuela envolvidos na repressão aos manifestantes de oposição no país.
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A medida, que já havia sido aprovada pelo Senado na segunda (8), segue agora para a sanção do presidente americano, Barack Obama.
Ela autoriza congelar bens e revogar vistos de integrantes do governo da Venezuela acusados de atos de violência ou de infringir direitos humanos. No início do ano, o Departamento de Estado já proibira viagens de funcionários venezuelanos acusados de participar da repressão.
Os protestos contra o presidente Nicolás Maduro que eclodiram em fevereiro deixaram pelo menos 43 mortos na Venezuela.
O líder oposicionista Leopoldo López está preso desde aquele mês. Na semana passada, outra opositora, María Corina Machado, foi formalmente acusada de conspirar para matar Maduro.
"A ausência de justiça e a negação dos direitos humanos na Venezuela devem acabar, e o Congresso americano está desempenhando um papel importante na correção desse erro", afirmou o democrata Robert Menendez, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Na segunda, após a aprovação das sanções no Senado americano, Maduro discursou em cadeia de rádio e TV e disse que, se Obama quiser "desafiar" a Venezuela com sanções, "a situação vai ficar muito ruim" para os EUA.